segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Pai...

Esta noite senti que estava a perder o chão…
Os nervos apoderaram-se de mim.
Ao ver-te tão aflito pensei que fosse o fim.
No instante entre a nossa casa e o hospital,
entre a tua entrada e a saída de lá, passaram-me 1001 coisas pela cabeça.
Foste tu que ensinaste-me a andar, a dizer as primeiras palavras, a distinguir o certo do errado.
Os meus dias eram passados na escola mas á noite e aos fins-de-semana era a teu lado que eu estava, na actividade desportiva. Foi contigo que aprendi a ser a pessoa que sou hoje.
Naquele instante lembrei-me da frase que a mãe insiste em repetir quase todos os dias: “és igualzinha ao teu pai”.
És tu que quando fico doente me dá na cabeça e me apresenta a cura, és tu o apoio que preciso e tenho quando existe um problema para resolver, és tu que te chegas á frente. És tu o único pai que sempre quis e que tenho.
Naquele momento pensei que te iria perder…
Fiz me de forte, não chorei. Alguém tinha de aguentar o barco pois a mãe já estava a entrar em pânico… foi difícil, mas tive de aguentar.
Felizmente todas as coisas que me passaram pela cabeça, que poderiam acontecer, não aconteceram. Felizmente continuas aqui para amparar todas as minhas quedas e para me levantares de novo.
E quanto àquilo que disseste: “ desculpem lá ter-vos incomodado” tu nunca incomodas. Visto nesse ponto, eu também já te incomodei muitas vezes… Quantas vezes já não passaste tu noites em claro por mim?

Obrigado por tudo o que me ensinaste e pelo que ainda vais ensinar.

AMO-TE PAI.

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